Eram dois.
Tornaram-se três, quando me deparei, vi cinco, seis... perdi as contas.
Eram amores.
O que te trouxe aqui? O que te fez voltar?
Quem governa? Há um rei? Há príncipes? E princesas?
Cadê o trono? E a coroa? Cadê o mastro?
O rosto.
O afeto.
O gesto.
Cadê?
Você falou de amor, nós falamos de amor. Eles acreditaram no nosso amor.
E hoje, pra onde foi? Pra onde vamos? Pra onde fugiremos?
Inebriamos-nos em algo chamado ardor.
E você, no quê acredita?
Em quê? Em onde? Em qual?
Teu amor? Sei.
Onde está?
Longe?
Poxa, se é mesmo amor...
O medo, o tempo, as dores, as perdas.
Mas a distância não! Distância?
É, a distância.
Lamento, pois, esta, ele não há de suportar.
Rubian Calixto