domingo, 23 de novembro de 2008

Caso eu não tivesse demonstrado a noite toda que eu não estava muito em clima de ‘balada’ eles tivessem notado minha ausência.
Hoje eu sai sem desejo algum, sem anseio, só por vontade.

Eu queria sair. Ver pessoas, ouvir músicas, observar, observar e observar. E o fiz.
Como quem não quer nada eu fiquei pelos cantos. Alguns sorrisos semi-abertos, alguns acenos, um beijos enviados, nada demais. Então, resolvi observá-la, apenas.

Notoriamente sua beleza transluz um ‘mix’ de mulher fatal. Ela possui um olhar que parece penetrar sua alma, atiçar sua libido e te fazer imaginar as mais diversas coisas, o olhar dela te puxa, intimida e ao mesmo tempo convida. O olhar me confunde e me faz querê-la, possuí-la.
De repente, as batidas começam e à medida que se repetem freneticamente, emitindo um som e, de forma diferente, ela dança. Ela dança de forma envolvente. Parece que os ‘tuntz tuntz’ brigam com seus sentidos fazendo-a dançar de forma descompassada e sexy ao mesmo tempo. É como uma odalisca que dança para os ‘shakes’ árabes. Mais uma vez ela se mostra envolvente e me convida. Ao fechar os olhos e passar a mão no cabelo – como quem tirasse o pensamento da cabeça – ela retorna para o cigarro.

Parecia estar fumando um diamante sem saber o efeito que aquilo ia causar, contudo, fumava de forma cuidadosa e eloqüente. Algumas tragadas, um bico e lá se ia à fumaça, se dissipando no ar e chega até a mim,trazendo um desejo. Acendo um cigarro, olho pra ela, pisco o olho.
Faço leitura labial e leio ela dizendo: “tenho medo de apanhar”.
Eu me encaminho ao balcão, peço um guardanapo e escrevo. Peço uma ‘coca-cola’ e continuo a escrever. Aproximam-se de mim e perguntam o que eu to fazendo, eu não respondo, eu escrevo.
Tiro meu olhar dela e quando volto, lá estão: ambos.
Ele a leva consigo. De longe,ela diz: “tchau!”
E mais uma vez, ela se vai.
-
Sem mais, é isso. O resto é o meu aniversário que bombou!
Rubian Calixto – agora com 20 anos de idade e de mais sonhos.

terça-feira, 18 de novembro de 2008



um chá?!

Ontem era noite. Tarde, bem tarde.
Cheguei exausto...por todas as loucuras que fiz, por tudo o que superei, por tudo o que não fiz e por pensar no que vou fazer...entrei tirando os sapatos, tirei a camisa, a calça... segui em direção a cozinha. Pûs a água pra ferver.
Enquanto a mesma encontrava-se em chamas eu tomava um banho bem gelado... e demorado, deixei a água bater no meu rosto como quem lavasse minh'alma e levasse consigo tudo o que eu queria esquecer daquele dia.
Ao sair, só de toalha... abri o armário, peguei uma xícara, escolhi o sabor. Coloquei o sachê e despejei a água, olhando com cuidado para não derramar e não me queimar; minha cabeça estava ali, só que, meu pensamento não. Ao reconhecer o aroma - maçã-cravo e canela – eu despertei que já havia chegado, o dia estava chegando ao fim e eu, finalmente, estava em casa.
Olhei pro relógio, marcava exatamente 23.46hs, olhei pro meu celular, senti uma vontade de ligar para alguém, então, desliguei meu celular. Chega de vontade por hoje, chega!
Um chá,pra curar, pra distrair, obstruir...
.... desejei diversas coisas, inclusive um cigarro.
Quem sabe eu acenderia, fumaria, ou então... de olhos bem fixos o olhava queimar, acabando-se em meio a chamas puxadas, com um desejo enorme de que chegasse a ponta, próximo a boca?
Quem sabe, eu apenas fumaria, ou observaria?
Foi assim, ontem... eu lembrei demasiadamente, da sua boca.
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sem mais, o resto é a insulina de Vovô que eu tenho que levar pra casa agora. E a correria que eu to tendo diariamente. Quer saber?
Tem sido ba-ca-na.
E, beijos à todos que, por algum motivo, passam aqui, nesse blog chato, preto e idiota. Hasuhasusahsau :D
Rubian Calixto – às 19.56hs de uma 3ª feira que, por conseqüência de trabalhos não pôde ir a faculdade. E encontra-se trancado, em um escritório concluindo uns relatórios.

P.s: só à título de informação. Esse texto se deu após um recado que eu enviei pro srapbook de Lara Perls. Alguém muito especial, só.

sábado, 15 de novembro de 2008

Querido diário,


Me impressiono cada vez mais com a vida que levo, na verdade, com a vida em sua total 'levada'.
É de admirar-se como consegue-se e obtem-se mudanças dentro de prazos. Sim, agora eu conheço 'prazos'.
Na verdade, nunca pensei nisso antes, mas, aconteceu.
Eu tive uma semana que, pra mim, durou como um mês.
Nunca pensei que eu fosse fazer tanta coisa numa única semana.
Mas, fiz e também deixei por fazer.
A semana foi de correria total, trabalho, auto-escola, faculdade e, como se não bastasse uma reforma no meu quarto (àquela que eu abdiquei de comemorar meu níver por conta dela) e o prazo de entrega do trabalho 'interdisciplinar' que, para mim, não foi lá 'essas coisas.'
Ontem(sexta-feira) resolvi algumas coisas e decidi muitas delas, como por exemplo, dar um tempo.
Acho que esse foi o momento mais propício (e eu que pensei que ele não ia chegar), pois, em meio a uma 'ruma' de coisas, o que me resta é parar. E, eu parei.
Parei com o tempo, com as pessoas, parei com as farras e baladas. Parei.
Hoje (sábado) fiz algo que há meses não fazia, fui visitar meus avós e passei a tarde todas com eles, até que, tive que ir deixar uma amiga no aeroporto, a mesma, embarcou para a Itália e levou consigo um pedaço de mim (pois,Lila já estou com saudade) e para minha surpresa, assim, sem mais nem menos, encontro Guga. Um amigão que, por irônia do destino, problemas de logística(eu diria) e nada pessoal, nós nos afastamos.
Mas, do nada nos encontramos no aeroporto.
Fora a última pessoa que cogitei encontrar por lá.
E logo veio o convite: "Rubian, vamos sair?"
Pois é, como há tempos não fazíamos, fomos ao shopping, lanchamos juntos, colocamos todo o papo em dia, jogamos no gamestation, malhamos do povo, vimos vitrines, desejamos alguns tênis, brincamos de quem é o mais malhado e, claro, não compramos nada.( o que, pra mim, é o melhor, sem dúvidas.)
Ai me ligam: "Rubiaaaan, já é,? N Y X e talz...?"
Não, obrigado! - disse eu feliz por conseguir o que eu tanto queria, um tempo.
Agora aqui estou eu, no computador do meu irmão, pois, o meu...(sabe lá Deus aonde se encontra)são 00.46hs de um domingo(?) a bagunça aqui tá enorme, falta d'água (só que agora está chegando, amém.) estou dormindo de rede e todas as minhas roupas estão empoeiradas, assim como meus livros e talvez, até eu esteja empoeirado.
E, quer saber?
Quero que tudo permaneça assim, eu estou gostando disso.
Meu Deus, a semana acabou!
E eu odeio admitir isso: hoje, eu senti saudade!
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Sem mais, o resto é um copo meio d'água que está do meu lado.
Rubian Calixto - às 00.50hs de um domingo bem bom.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Ontem, como quem não quer, eles se viram.
Foi metódico, pré-meditado, pois, algo insistia em fazer ele olhar para àquele ônibus que ali passava.
Olhou pro relógio, era a hora.
Em pé, de amarelo, lá estava ela.
Um olhar cálido, inerte e fixo a acompanhava.
Ela não sorriu.
Ele sorriu por dentro, mas, nem se quer demonstrou.
Ficou feliz em vê-la.
Mas, logo em seguida, foi invadido por uma tristeza remota que o fez lembrar de muitas coisas...
Ela nunca gostava da forma como ele agia, do que falava ou fazia.
Detestava o jeito que se vestia, aonde comprava as suas roupas e as pessoas que o atendia.
Não gostava da sua simpatia, sua desenvoltura e seus diálogos, muito menos das pessoas que ele parava para falar na rua.
Ela não gostava de algumas músicas que ele ouvia, dos lugares que freqüentava.
Ela foi com ele poucas e raras vezes ao cinema.
E, a impressão que passou foi a de que estava ali como se estivesse forçada, mas, não estava.
Ao menos era isso que ela sempre fazia questão de passar, repúdio.
Só que, como em toda regra há exceção, ela mostrou isso.
Passou a comer em fast-foods, conheceu ‘melhor’ pessoas que até então ela não gostava.
Sim, algumas coisas ela conseguiu mudar. Por ele. (?)
Não se sabe.
Será que ela já consegue resolver algumas coisas sozinha?
Será que faz compras sozinha?
Sai sem dizer pra onde vai?
Fala o que pensa sem medo de machucar?
Será que ela pensa antes de fazer?
Ou faz primeiro pra depois pensar?
Ele quer saber como ela está. Coisa de quem ama e quer,apenas, cuidar.
Ela,
detestava o chinelo dele, o relógio, o óculos, às vezes até o perfume...
Ele se perguntava o que realmente ela gostava nele, e, seguiu seu caminho, como quem não tivesse aonde chegar, contudo, como alguém que quisera obter essas respostas.
Ele se sentiu feliz, por vê-la.
Ele ficou triste, por tê-la tão distante.

Ontem, como quem não quer, em silêncio, ele chorou.
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No mais, deixa assim.
Rubian Calixto - às 16.12hs de uma 4ª-feira (com azia.)