sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Bravo!

Passei um tempo escrevendo sobre erros, afinal, sempre achei que erros estão na moda. E pelo visto minha convicção não me abandonou. Sou seguro demais e isso me intriga e me motiva a buscar ingratidões. Soaria masoquista se eu fosse um adepto a dor, mas não, eu não sou. Detesto dor! Detesto senti-la e mais que isso: causá-la. Quantas dores já ruíram meio as minhas atitudes? E minhas palavras, como transgrediram? Talvez lágrimas, talvez riso. Ou a banalidade de um choro. Aquele choro que a gente derrama por não ter o que se quer. Como chama mesmo? Choro inconformado. Ah, é isso. Choro inconformado. Chorei algumas noites, alguns dias, tardes, primaveras. Havia tantos raios de sol e estrelas, porém meu choro impediu-me de ver. Todavia, sorri muito. Da vida, de mim, de ti, de nós, de todos nós. E mesclei. Juntei os mais belos sentimentos em uma tela azul e nela desenhei um céu. E no céu... ah, no céu você sabe. Ele está sempre acima de nós – independente de como esteja. Vezes chuva, vezes raios, trovoadas, nuvens...ah,que belas nuvens que se formam na imensidão azul que é o céu. E as estrelas? As incontáveis estrelas.
Escorpião, Libra . Água , ar. Estavam lá. Contudo, faltava o principal para ilustrar essa tela. Tantas verdades admitidas e mentiras sucumbidas. O tempo passa e as coisas acontecem, aliás, os fatos aparecem e ai o tempo ajuda, não é mesmo? Maldita seja essa ligação que perpassa dois seres. Não consigo atribuir isso a nada. Cadê Deus numa hora dessas? Onde está o tempo, por onde se escondeu o passado? Serão mistérios? De onde eles surgem? Olho pra você e vejo confusão... aquela mesma confusão daquela última conversa, naquela cozinha, naquela casa, naquelas mentiras... as mesmas que você continua ouvindo. As mesmas que ouvi de ti quando dissestes “não há nada entre nós”.
Toda estória merece um desfecho e na sua eu apareço procurando uma onomatopeia que configure palmas, afinal, agora estou de pé te aplaudindo por não ter acreditado em mim – mais uma vez.
 Não merece palmas quem mentiu. As palmas são pra quem acreditou.

  Rubian Calixto – dedicado e desabafado.