quarta-feira, 26 de dezembro de 2012


Tô tentando fazer uma retrospectiva do meu mundo.
Quantos acontecimentos para um ano tão turbulento, céus!
Parei de adiar ou retardar minha felicidade e me joguei. Mergulhei, afundei .
Afundei-me nos mais diversos mundos. O bom que minha memória congestionada dá espaço às lembranças de forma plácida.
Não fiz esforço para atrair ou surpreender ninguém. Não malhei, não passei a freqüentar aulas de esgrima, flauta doce ou praticar um idioma incomum. Fui eu o tempo inteiro. Óbvio que com uma carga maior de cada experiência/vivência outrora adquirida. Fui comedido algumas vezes, todavia, permissão sempre foi meu lema e por muitas vezes dancei junto. E quando me perdi, olhei pra trás e voltei. Voltei por medo de me perder meio a tantas controvérsias de mundos túrbidos.
Fui surpreendido muitas vezes. Alguém se aproximou de mim parecendo ser uma pessoa simples, humilde e batalhadora. Porém, na primeira oportunidade que teve, foi me buscar em casa dirigindo Land Rover e levou-me a uma casa de milhões de reais. Há quem tentou me surpreender de outra forma. Quando soube que eu era aficionado por literatura e artes, recitou poesias e colocou músicas que nem conhecia para eu ouvir - achei no mínimo de boa intenção. Fora isso, nada mais.
Houve também quem ostentou querendo pagar a conta de tudo e quebrou a cara quando dei logo um basta. Apesar de não ser criado pelo meu pai, tenho uma mãe e um padrasto que podem me sustentar. Portanto, não estou a venda – apesar de acreditar que todo mundo tem um preço, porém, o meu não é um jantar de um restaurante caro.
Tiveram também convites de viagens. Desde uma passagem comprada para São Paulo no meu email até uma reserva em um hotel fazenda próximo a Machu Picchu.
Também teve um prosélito – essa parte me levará ao purgatório, certeza. Sem muitos detalhes, apenas lembranças.

Nada disso me convenceu.

Minha vida não é a mesma. Eu não sou o mesmo. Quem está envolto a mim não é o mesmo. Eu vivo pra alterar as coisas.
O que eu mais ouvi esse ano foi que eu era arrogante e comecei a me convencer de que eu era. Só que não. Eu não sou!
Apenas insisto na minha ideia. Defendo minha convicção e vou até o fim com minha verdade. Aprendi a apostar no tempo e observá-lo fazer todo o trabalho. E ele ta fazendo.
Outro dia descobri que ficar por razões erradas não me deixa ficar por muito tempo.
Comecei a por isso em prática.

Tô voltando a procurar o que é certo. Talvez eu tenha deixado isso pra trás e só agora tenha enxergado.
Note: eu to olhando para trás.

Rubian Calixto

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

A vontade de escrever brotou. Brotou assim: sem-mais-nem-menos. Tava aqui ouvindo uma música entoada pela linda voz do meu querido Jason Mraz que diz “ Ok go, go hang your heart on, any tree, You can make yourself available to anybody,”. Achei pertinente me encontrar meio aos versos. Aliás, tenho me encontrado em muitas coisas. Tentar ser atleta é uma delas. Nadar, correr e dedicar tempo ao tênis tem sido como um banho daqueles após um dia de muito sol e cansaço, sabe? Tipo um banho que lava até a alma. Ler sempre será meu refúgio, fuga, caminho. Afinal, encontrar-me nas palavras não é tão difícil. Caio, Mr. Woolf e até mesmo Clarice estão sempre expondo meu pensar. Ora, mais que ligação essa nossa! Estar entre amigos sempre é bom. Melhor ainda é poder escolher com a alma àqueles que vão verdadeiramente te acompanhar. Pois não é que a maturidade ocasiona isso?!
Pois bem.
Ando aprendendo que com o passar do tempo me torno cada vez mais asco, teimoso e muito muito muito exigente – sou também inflexível às vezes, porém, há sempre alguém trazendo brilho para dentro dos meus olhos. Passei um malha, ou até mesmo varri alguma pessoas – como diz Adélia Prado. Varri para baixo do tapete, algumas para fora de casa e para bem longe da minha vida. O que é importante e verdadeiro permanece – sempre foi e será assim. Satisfeito no trabalho, meu âmbito familiar é perfeito – embora a ausência do meu irmão que está muito bem casado.Meu convívio mais próximo da minha mãe e minhas dificuldades sempre apoiadas pela mesma. .Sinto que 2012 foi um ano que me desafiou. Mudanças, muitas mudanças! Perdi meu herói aqui na terra, porém, sei que lá de cima meu vovô ta cuidado de mim, afinal, não é fácil quando você sabe que tudo o que algumas pessoas querem é destruir você, seu nome, seu legado. Lamento muito pelo amor não perpassar determinadas almas. Lamento que a dor de perder algo seja superior a qualquer sentimento que venha ocupar o espaço que outrora foi de alguém.
- Sem muitas metáforas ,por favor, Rubian Calixto.
Mais um ano longe de drogas - seja rivotril ou qualquer uma que me faça perder a consciência por muito tempo. Sem apelos sentimentais ou chantagens emocionais vou seguindo, trilhando meus passos em busca de pessoas que estejam comigo pelo que sou e não pelo que eu tenho a oferecê-las. Afinal, quem realmente me conhece sabe o quanto eu repudio tal comportamento. Lamento pela fome, pela guerra e o horror de uma mulher não poder dirigir em um determinado país. Observo que finalmente o egoísmo ta se despedindo de mim e eu me despindo de toda a arrogância que não me fazia enxergar que existem vários tipos de pessoas, inclusive as não saudáveis.
Há doença espalhada no cérebro de algumas. E há quem contamine muitas outras.

 Com afeto, Rubian Calixto