quinta-feira, 19 de julho de 2012

Foram dois.

Eram dois.
Tornaram-se três, quando me deparei, vi cinco, seis... perdi as contas.
Eram amores.
O que te trouxe aqui? O que te fez voltar? Quem governa? Há um rei? Há príncipes? E princesas? Cadê o trono? E a coroa? Cadê o mastro? O rosto. O afeto. O gesto. Cadê? Você falou de amor, nós falamos de amor. Eles acreditaram no nosso amor. E hoje, pra onde foi? Pra onde vamos? Pra onde fugiremos? Inebriamos-nos em algo chamado ardor. E você, no quê acredita? Em quê? Em onde? Em qual? Teu amor? Sei. Onde está? Longe? Poxa, se é mesmo amor... O medo, o tempo, as dores, as perdas.
Mas a distância não! Distância? É, a distância. Lamento, pois, esta, ele não há de suportar.

 Rubian Calixto