sábado, 10 de março de 2012
Passeava cabisbaixa sobre os trilhos do bondinho que passava por li n’outra década.
Vestia-se de cores pra tentar colorir o mundo cinza a sua volta.
Tombava, cambaleava, caia, mas não sorria;
Amargura era só o que se via.
E ia, ia, ia sem destino algum, ela ia.
Caminhava vazia de sacolas; Toda a compra, em sua cabeça ia.
E havia flores, amores, dores, gestos e até sabores.
Mas não havia anseio, desejo ou até mesmo um simples apego.
Mas, cabisbaixa ela ia.
Disposta a não mais sofrer, a torturar, matar, roubar;
Convalescente seguia.
Pra retirar a sacola da cabeça, colocar no lugar feito ideias...
Nem pra isso alguém servia.
De todo modo, cabisbaixa, triste, amargurada, sonolenta e infeliz
Ela seguia.
Rubian Calixto – de uma imagem que brotou palavras.
imagem disponível no blog de alguém especial. ( http://hewayvercosa.blogspot.com/ )
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4 comentários:
de (suas) palavras me brotaram lembranças.
Que poder com as palavras, hein doutor?!
Você é um gênio, Rubian.
Não desperdice esse poder que você tem com as letras.
Parabéns!
E que toda tristeza passe, meu querido!
Beijo grande.
Pablo Cardoso
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