quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

eram somente orquídeas.


Os lírios brancos que aqui me encaram eram teus, bem como meus beijos e afagos para demonstrar a ânsia que tua ausência me desperta.
Tá tudo azul escuro quase preto agora. Embora o roxo tenha visitado a paleta de cores que troquei pelos meus sentimentos.
Tu - quando chegastes ao café, vestindo preto e um sorriso amistoso, trouxe um verde da cor da garrafa da cerveja que eu tomava apressado e que me brotou esperança nos olhos e afago n’alma, feito um amarelo que inebria e cura.
Desfiz-me de tudo em um diálogo, e , quando notei, os pudores tinham se esvaído junto ao luar daquela noite. O prateado das estrelas – embora houvesse poucas no céu negro, fizeram-me querer você de novo, por perto e ainda mais perto.
Dos dias que estivemos juntos, já descobrimos tantas coisas e cores. Preto, prata, azul, roxo, verde, laranja e anil, passando por diferenças, intrigas e até um comportamento hostil.
Regamos com cuidado, pusemos chachim, podamos com carinho e junto ao adubo que evidencia nosso querer, construímos aos poucos talvez um jardim.
Então veio um jasmim, lilás, cor de rosa e pôs mais cor e vida nessa explosão de descobertas, porém, assim como as relações, ela precisa de cuidado, carinho e atenção.

Eu fiz de tudo pra ganhar você pra mim e continuo te desejando no mais são dos meus delírios.


Rubian Calixto 

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