terça-feira, 30 de dezembro de 2008

2009.


Eu queria juntar tudo numa caixa só.
Uma que coubesse bem certinho, detalhe por detalhe, tudo.
Eu gostaria sim, de deixar em algum lugar, tudo o que me ocorrera esse ano.
Talvez numa caixa, num disquete, ou até mesmo um pen drive.
Sim, eu gostaria de arquivar tudo o que me ocorreu, sem tirar, nem colocar absolutamente nada.
Vivi 364 dias até agora, amanhã será o último, e, espero estar vivo para poder vive-lo.
E então, depois deste, conseguir minha caixa.
Eu quero uma caixa. Ela é a melhor das opções, pois, não corre o risco de perder, nem quebrar - há sim a possibilidade, porém, ela é tão remota - que chega a ser descartada.
Coloquei isso na minha cabeça e pronto!
Eu , Rubian Calixto, preciso de uma caixa!
Quem sabe nela, eu possa guardar algumas coisas?!
Aliás, o intuito final é exatamente este.
Nessa caixa, guardarei minhas mágoas, minhas felicidades, surpresas, angústias e mais, meus méritos.
Eu apenas quero uma caixa e só me resta um dia para consegui-la.
E, claro, eu vou conseguir.
Otimismo, sempre foi um ponto forte em mim.
E permanecerá, assim espero.

Em 31/12/07 eu consegui uma caixa.
E hoje eu seguro ela nas mãos procurando um lugar para coloca-la.
E, eu hei de encontrar.

Amanhã eu espero por mais uma caixa, amanhã, eu espero um novo ano.

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Rubian Calixtoàs 14.58hs – de saída, pra onde eu não sei.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

conto: [4]


Lá fora fazia um frio. Dentro do carro também. Mesmo com o ar-condicionado desligado, ela continuava a sentir frio. Era uma sensação de ansiedade mesclada com medo. Parou no semáforo e brigou consigo: “ aonde eu estou indo?” O verde ascendeu e ela seguiu.
Fazia tempo que Giulia não fazia isso, aliás, fazia muito tempo.
Desde a morte de Téo, ela jamais sentira vontade de sair assim, sem saber aonde ir.
Dois anos se passara da morte e fragmentos dele ainda perpassavam sua mente,e,além de tudo, a assolava.
Ela o amava, sim. Ela continuava o amando.
Após dobrar a esquerda, entrando na Rua das Maçãs, ao lado de um 'barzinho' que Téo adorava, Giulia ligou o som. Ele estava já estava sintonizado na sua rádio preferida, ou melhor, na rádio preferida deles. Sgt Peppers dos Beatles rolava... e, a música fez Giulia chorar e sorrir ao mesmo tempo.
Ela lembrou de Téo, e lembrou de algo engraçado. A primeira transa.
Era dissimulado a forma que Téo se portava... parecia tá fazendo tudo sozinho.. parecia estar fazendo algo que, para ele, era muito mais do que prazeroso, era normal.
Para Giulia não, era um ato de amor.
Ela se contraia toda, só no tocar da pele.
E se viu louca, possuída por um tesão que parecia interminável, incontrolável... ela arranhou todo o rosto de Téo, que, no momento de prazer, sentiu como fagulhas. Como se fossem 'mosquitinhos' que o atormentavam enquanto ele olhava fixo e tentava se concentrar. Emergido por um ato de Giulia, Téo parou. Eles se olharam e começaram a sorrir.
E assim foi, as próximas 3 horas.
Sempre passava na mente de Giulia esses momentos. Sempre.
E, nem sempre eles faziam bem.
Giulia tinha esquecido o quão é bom ver o mar a noite... ver as ondas se formando naquela imensidão negra... de repente, surgindo uma espuma branca, que mais parece com claras de ovo.... e'txibum'... lá elas se quebram, vem até a areia e tentam puxar algo.
Qual será a intenção de uma onda? - pensou Giulia.
Será que ela quer mesmo puxar algo pra si?
Ou será que é lei, ela tem que vir até a beira do mar, bater na areia, molhá-la e seguir?
Resolveu descer do carro. Seguiu até a o calçadão, não se contentou... experimentou descer.
Pisou na areia e percebeu que já estava sem os sapatos.
Foi até a beira do mar... aonde, lá no meio, uma onda se formava... ele tentou ir ao seu encontro, contudo, da beira do mar não passou. A onda se formou, ela era alta e linda, branca, da cor da sua camisa.
Ele escreveu na areia, SAUDADE.
A onda veio, apagou.
Téo deixou que a água molhasse os seus pés. Estava muito fria.
E começou a chover.
Ele fechou os olhos, e prometeu a si mesmo que, sempre ia fazer isso.
Se comportar como ele 'acha' que Giulia se comportaria, caso tivesse sido ela, a sobrevivente do acidente que, há dois anos atrás, tinha tirado sua vida.
Hoje, fazia exatamente dois anos, que Giulia não estava mais com Téo.
E ele foi invadido por uma onda, chamada saudade.

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Rubian Calixto - às 11.17hs de uma véspera de natal.

* Pois é, havia prometido para algumas pessoas que eu escreveria um conto antes do ano acabar, assim o fiz. Confesso que não foi um dos meus melhores,mas... eu gostei. Tentei passar algo nele, acreditem.
sem mais, o resto são coisas que estão me tirando do sério.
Mas, nada que eu não possa resolver, ouras!
Maaaari. (L) - os meus dias não são iguais.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


Suspiros
espirros
respiros
e inspiro.
olhos que aos poucos eu os reviro...
e miro.
Enxugo suas as lágrimas...
E peço.

Ontem alguém recebeu lírios e junto deles, algo que cobrava uma resposta.
Só.

*Rubian Calixto – às 10.15hs de uma 5ª feira.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008


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Não, eu não sei explicar.
Eu tento, tento, mas eu não consigo explicar.
Nem pra mim mesmo, ao menos.
O que se passa?
O que me prende?
Não, eu não sei.

Eu sinto seu cheiro freqüentemente e me envolvo na sensação de 'deja-' que me assola.
É forte esse sentimento, é quase que posse. Se eu não acreditasse no “sentir-tocar”, talvez eu pensasse que você estivesse ali todas às vezes que eu sinto esse cheiro.

Mas, eu não sei.

Não sei se vale à pena tentar mudar tanta coisa, eu já tentei fazer isso,e,quer saber?
Frustrei-me.
Acho que não estou pronto pra outra, mas, não quero perder você.
Alguém que parece ter saído dos meus sonhos não pode escapar assim, não, não deve.
Eu te quero e vou lutar contra essa vontade até quando eu agüentar.
Quando não mais eu suportar, quando sua ausência for maior que sua pele, seu cheiro, seu abraço, seu corpo...
daí eu vou ter certeza de muitas coisas, inclusive que o meu lugar é com você,e,o seu é comigo.
Eu preciso encontrar um caminho.
De que forma?
Não importa, eu não sei.

*Rubian Calixtoàs 15h32 de uma 6ª-feira ressacada. Invenção minha sair na 5ª feira, invenção. ¬¬’

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Querido diário,


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Era 3ª - feira... saí da faculdade mais cedo, não estava afim de assistir aula, era revisão,e eu já sabia todo o conteúdo.
Fui para casa.
Cheguei, direto para o quarto, deitei, liguei o computador e o coloquei sobre meu peito e vamos lá.
Online no msn, 'os diabinhos' entram.
Tá tudo certo para a nossa viagem, sairemos na sexta-feira após o almoço.
Sexta-feira chegou, um sol de lascar... 16hs e: 'estamos passando ai para te pegar'.
Entrei no carro e fui avisado: ' prepare-se pra sorrir muito'.
E, no caminho fizemos um pacto: "a partir de agora, o que acontece aqui, fica aqui, o que acontece lá, fica lá."
A única coisa que eu posso dizer é que descobri muita coisa...
por exemplo, a cidade não é tão feia/chata/ridícula quanto eu pensava.
Desta vez eu gostei. E quem sabe eu não passe a gostar mais, até resolver morar lá?!
Fui a um parque aquático aonde conheci pessoas, várias pessoas.
Entre elas, havia um cara, ele me contou que comeu a Cinderela - a moça linda que faz a personagem - da Disney, quando morou 1 ano lá,e,ele ainda enfatizou que ela fuma e detesta crianças.
Quem diria,né Cinderela? Safada.
Em um dos dias de balada, eu bebi, mas bebi MESMO, bebi como se nunca mais fosse beber na minha vida (e,acredito que não vou mesmo) então, fiquei "trêbado", dancei e fiz coisas que nem me lembro...e, prefiro ficar sem lembrar.
Fiz compras.
Fiz amigos.
Revi parentes.
Dancei.
Pensei.
Dormi,
Acordei e...
em Natal eu cheguei.
É 2ª feira e eu já me pergunto: ' o que temos para sexta?'


[ficaadica]Dragão do mar.[/ficaadica]

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sem mais, o resto é uma dor de cabeça chata que me perturba.
Rubian Calixto - às 18.40hs de uma segunda feira super chata.